reajuste

Petrobras aumenta em 4% o preço gás de cozinha para residências

18.395

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Pedro Piegas (Diário)

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira reajuste médio de 4% no preço do gás de cozinha para venda em botijão de 13 quilos, mais usado por clientes residenciais. A companhia também aumentará o produto para venda em grandes botijões ou a granel em 0,6%, em média.

Trata-se do segundo aumento seguido no preço do gás para botijões de 13 quilos - em outubro, houve alta média de 5%. Após cinco ajustes no ano (quatro aumentos e uma queda de 8,2%), o combustível tem alta acumulada de 4,8%.

Prazo para adoção de cartas do Amigo Secreto do Diário vai até dia 5

Os repasses para o consumidor dependem da política comercial de distribuidoras e revendedores. O preço de venda nas refinarias da Petrobras representa cerca de 40% do preço final do botijão. O resto são margens de lucro e impostos.

Com os ajustes, a empresa elimina de vez a diferença de preços entre os dois produtos, vigente desde o primeiro governo Lula. A equiparação dos preços era uma demanda do mercado e foi aprovada pelo governo Jair Bolsonaro em agosto. 

A política de preços da Petrobras prevê o acompanhamento de longo prazo das cotações internacionais, usando médias de 12 meses, com o objetivo de evitar o repasse ao consumidor brasileiro de efeitos sazonais, como aumento do consumo durante o inverno no hemisfério norte. 

FOTOS + VÍDEO: novos blindados do Exército passam por teste de tiro em Santa Maria

Desde 2005, por determinação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), a empresa tinha que praticar preços diferentes para cada tipo de consumo, em uma política que tinha por objetivo ajudar famílias de baixa renda.

Autoridades do setor energético tentam mudar a política desde o governo Michel Temer. Em agosto, o CNPE revogou a portaria de 2005, liberando a estatal para equalizar os preços, sob o argumento de que a política anterior causava distorções e afugentava investidores.

O governo argumenta que cerca de 70% do volume de gás de cozinha vendido no país tem como destino o envase em botijões de 13 quilos, o que indica que o produto não é consumido apenas pela população de baixa renda.

Drones, embarcações e cães farejadores auxiliam nas buscas por desaparecido

Para as empresas do setor, a distorção gerada pela diferença de preços inviabilizava investimentos em infraestrutura para importar o combustível, cujo fornecimento ainda é quase totalmente controlado pela Petrobras.

Em agosto, a holandesa Vopak venceu licitação para construir um novo parque de tancagem para o combustível no terminal de Pecém, o que pode viabilizar a importação por terceiros. No mesmo mês, a Copagaz fechou acordo para trazer o produto da Bolívia por caminhões.

O fim da diferença de preços foi anunciado na mesma semana em que a Petrobras assinou contrato de venda de sua subsidiária de distribuição de gás de cozinha, a Liquigás, a consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano.

O negócio, de R$ 3,7 bilhões, ainda depende de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e deve elevar a Copagaz à liderança entre as empresas do setor.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Preço da carne de gado tem alta de 30% neste fim de ano

Próximo

Governo oficializa descontingenciamento do orçamento de 2019

Economia